Instituição sem fins lucrativos

Castelo da Lousã

29-01-2013 07:42

 

                                                                 
O Castelo da Lousã, também referido como Castelo de Arouce, localiza-se a cerca de dois quilômetros da
freguesia, vila e concelho de Lousã, no distrito de Coimbra, em Portugal.
Em posição dominante no alto de um estreito contraforte da serra da Lousã, na margem direita do rio Arouce, o
monumento constitui-se, nos nossos dias, em uma requisitada atração turística.
 
História
Desconhece-se o momento em que uma fortificação foi iniciada para a proteção da povoação de Arouce, cuja
primeira referência documental remonta a 943, num contrato entre Zuleima Abaiud, um moçárabe, e o abade
Mestúlio do Mosteiro de Lorvão, onde se menciona o topônimo Arauz.
O castelo medieval
Admite-se que a edificação (ou reedificação) do Castelo de Arouce remonta a 1080, quando a povoação foi
pacificamente ocupada pelo conde Sesnando Davides, governador da circunscrição conimbricense, cujo mandato lhe
foi outorgado por Fernando Magno, soberano que havia conquistado Coimbra aos mouros desde 1064, trazendo a
Reconquista cristã da península Ibérica até à região das serras da Estrela e da Lousã.
Conquistado pelos mouros durante a ofensiva de 1124, foi reocupado e reparado por D. Teresa de Leão. Com a
independência de Portugal, passou a integrar a linha raiana do Mondego até 1147, quando da conquista de Santarém
e de Lisboa pelas forças de D. Afonso Henriques (1112-1185), que a estendeu até ao Tejo. Nesse período, aqui vinha
passar o Verão a sua esposa, a rainha D. Mafalda de Sabóia, com a sua corte. Na Carta de Foral que este soberano
concedeu a Miranda do Corvo (1136), faz alusão ao Castelo de Arouce, que viria a receber o próprio foral em 1151.
Castelo da Lousã 2
Mais tarde, em 1160, um novo documento alude à Lousã, distinta de Arouce, o que demonstra que a antiga povoação
romana voltara a ser ocupada com a pacificação da região, prosperando de tal forma que recebeu foral em 1207, sob
o reinado de D. Afonso II (1211-1223).
Em algum momento do século XIV, foi erguida a torre de menagem do castelo. Sob o reinado de D. Manuel I
(1495-1521) a Lousã recebeu Foral Novo (1513), época a partir da qual o castelo medieval passou a ser conhecido
como Castelo da Lousã.
A Lousã e seus domínios foram senhorio dos duques de Aveiro até 1759, quando passaram para a Coroa portuguesa.
A partir de então, a ação dos elementos, a dos séculos e a de vândalos em busca dos lendários tesouros de Arouce,
causaram significativos danos ao monumento, inclusive ameaçando derruir a Torre de Menagem.
Do século XX aos nossos dias
Encontra-se classificado como Monumento Nacional por Decreto publicado em 23 de Junho de 1910.
A intervenção do poder público iniciou-se em 1925, e depois em 1939, quando lhe foram procedidos trabalhos de
conservação e reparação por parte da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais. Uma campanha mais
extensa teve lugar entre 1942 e 1945, e, outras, pontuais, nos anos de 1950, 1956, 1964, 1971 e 1985. Esses trabalhos
trouxeram-nos o monumento em bom estado de conservação, preservado numa paisagem florestal, que relembra os
primórdios da nacionalidade.
Características
Castelo da Lousã, Portugal: vista panorâmica.
De pequenas dimensões, apresenta planta no
formato hexagonal irregular, nos estilos românico
e gótico.
As muralhas, em alvenaria de xisto, são
reforçadas por três cubelos (um a Sudoeste, e
dois, menores a Oeste. Outros dois,
semi-cilíndricos, flanqueiam o portão de entrada,
a sudeste. Atravessando-se este, abre-se uma
praça de armas com cerca 130 m². O topo das
muralhas é percorrido por um adarve, defendido
por merlões chanfrados.
Adossada à muralha, pelo lado norte, ergue-se a
Torre de Menagem, com planta quadrangular,
ameada. Nela se rasga uma porta em arco ogival ,
ao nível do adarve, com seteiras pelo lado oposto, e mais duas portas no pavimento superior, em cada uma das
fachadas. É encimada por merlões chanfrados.
 
A lenda do Castelo de Arouce
De acordo com uma antiga lenda, que muitos danos causou ao monumento, à época da ocupação muçulmana da
península Ibérica, o castelo foi erguido por Arunce, um emir ou chefe islâmico derrotado e expulso de Conimbriga,
para a proteção de sua filha Peralta e seus tesouros, enquanto ele se deslocasse ao Norte de África em busca de
reforços contra as forças cristãs que, cada vez mais, apertavam o cerco às terras muçulmana

                                                          

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